ÁRVORE (A) DAS PATACAS SECOU: O COMÉRCIO PORTUGUÊS EM BELÉM NO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XX
A árvore das patacas secou! É emblemática esta frase colhida na Revista Ilustrada Portuguesa do ano de 1913 ao focalizar as principais indústrias do Pará, no sentido de lembrar que a borracha não era mais o eldorado amazônico. Agora sim, era o parque fabril de propriedade de portugueses que se apresentava como o mais importante e promissor empreendimento do Pará, ou melhor, de Belém.
A década de 1910 representou para a Amazônia o início de um período de crise na economia da borracha. Autores como Santos e Weinstein têm registrado em suas obras o quanto as cidades de Belém e Manaus sofreram com a decadência do comércio de exportação dessa matéria-prima. Contudo, “ninguém estava preparado para o violento mergulho que deu o mercado da borracha bruta nos meses restantes de 1910 /.../" |