COMENDADOR (O) PEREIRA INÁCIO. UM CASO DE BENEMERÊNCIA N AS DUAS MARGENS DO ATLÂNTICO
Desde meados do século X I X que os jovens portugueses eram preparados para a emigração, através da aprendizagem de um ofício ou das primeiras
letras, prática que não tinha qualquer aplicação na agricultura, mas considerada importante para todos os jovens que pretendiam emigrar.
Para além do processo de alfabetização levado a cabo, os jovens eram enviados para as cidades de Lisboa e do Porto, para aí aprenderem a atividade comercial como caixeiros. Este percurso que se iniciava com o manuseamento das pesadas caixas de produtos da mais diversa natureza, conduzia muitos ao Brasil, levando nos bolsos as cartas de recomendação dos patrões ou as cartas de chamada dos familiares que já lá se encontravam. Chegados ao Brasil, estes emigrantes eram recebidos pelos familiares ou pelos comerciantes que o s auxiliavam na integração no mercado de trabalho.
Outras vezes, porém, ainda crianças, acompanhavam os seus pais, começando, desde muito cedo,a trabalhar de outro lado do Atlântico. Foi o que aconteceu com António Pereira Inácio, um jovem do Norte de Portugal. |