Com do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a derrota do nazi-fascismo, as décadas que se seguiram foram um período de reerguer a Europa destruída. Este processo foi encabeçado pelas duas novas potências em ascensão: os Estados Unidos, do lado ocidental, defendendo a bandeira do capitalismo e o combate ao comunismo; em oposição, a União Soviética, do lado oriental, defendendo o comunismo e criticando as mazelas do capitalismo. Temos aqui o início da chamada Guerra Fria, e a divisão do mundo entre comunistas e capitalistas. Portugal, assim como outras nações, não passou incólume a este processo, mesmo não tendo participado efetivamente com o envio de tropas para o conflito, nem tendo o seu território invadido. O governo português soube tirar proveito do conflito melhorando sua economia que ampliou as exportações de matéria prima para ambos os lados beligerantes. Mas a derrota das ditaduras de direita na Alemanha e Itália – as quais o governo de Salazar mantinha bons relacionamentos – abalou os alicerces do governo e deu um novo ânimo aos opositores da ditadura em Portugal.