Em novembro de 1904 foi fundada na sede da estiva a Sociedade União dos Trabalhadores de Café e constituída uma diretoria em que participavam José Fernandes Ribeiro, português; Henrique Roseira, brasileiro, dado como filho de português; e José Gomes Ferreira, também português. Apareceram depois mensagens convidando todos os trabalhadores de café a ir tratar da sua organização definitiva, mas por razões desconhecidas este impulso organizador não prosperou. A sociedade formada desmanchou-se, e os convites para reunião sumiram dos jornais. Em abril de 1905, por iniciativa de Cândido Manoel Rodrigues, brasileiro, negro, presentes vinte e cinco sócios, foi criada, também na sede da estiva, uma organização mais abrangente, congregando não só os trabalhadores do café, como aqueles dos trapiches. Chamava-se União dos Trabalhadores em Café e Trapiches, porém, com a discussão dos estatutos, o nome foi trocado para Sociedade de Resistência dos Trabalhadores em Trapiche e Café. Além dos fatos perceptíveis em anúncios sindicais de que esta segunda organização não morreu, e continuou reunindo-se do modo regular, quase nada se sabe sobre suas atividades até que após a greve de agosto de 1906 o perfil de uma organização consolidada aflorou nas páginas da grande imprensa.