Estudos

CAPITAL (A) FEDERAL E OS IMIGRANTES EM REGISTROS LITERÁRIOS. RIO DE JANEIRO 1890-1920

Ismênia de Lima Martins
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A Região Guanabarina foi ocupada pelos portugueses desde os remotos tempos coloniais por razões estratégicas de defesa, que na conjuntura da luta contra os franceses culminariam com a fundação, em 20 de janeiro de 1565, de uma vila fortificada entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, que levaria o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 10 de março de 1557, o Governador Geral transferiria a vila e fundaria a cidade, com o mesmo nome no morro do Castelo. Sua ocupação e desenvolvimento foram incentivados pela Metrópole, primeiramente por razões defensivas, uma vez que os planos de invasão da região por franceses, e também por holandeses, perduraram ao longo do século XVII. Tal situação estendeu-se até ao século XVIII, quando os franceses, comandados por Duclerc e Duguay-Trouin invadiram o Rio de Janeiro respectivamente em 1710 e 1711. Para além deste aspecto tão relevante nos primórdios da colonização, é importante destacar que a localização privilegiada da cidade serviria de múltiplas formas aos planos expansionistas lusitanos no continente. Particularmente, após a extensão dos domínios portugueses na região sulina, com a fundação da Colônia de Sacramento, e a expansão para o interior após a descoberta das Minas, o Rio de Janeiro se revestiria de grande importância, não apenas estratégica, mas também econômica e política.