Estudos

IMIGRANTES PORTUGUESES E SOCIEDADES RECREATIVAS NO RIO DE JANEIRO, 1903-1916

Vítor Manoel Marques da Fonseca
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Em 2007 defendi a minha tese, mais tarde publicada com o apoio da Faperj ,1 sobre o associativismo no Rio de Janeiro no início do século XX. A importância do tema para o estudo da construção e ampliação do conceito de cidadania no Brasil e a existência de fontes, pouco utilizadas, me incentivaram a continuar realizando pesquisas relacionadas ao tema. Uma das variantes a que me tenho dedicado é o estudo da imigração portuguesa, sob a ótica de suas associações. Nesse sentido, confrontei as características das associações lusitanas da personalidade jurídica com as de outras nacionalidades e, desse modo, apresentei trabalhos sobre os símbolos e a arquitetura das sedes das associações portuguesas como forma de proclamar, no espaço urbano, valores de sua cultura. Analisei, também, o funcionamento das suas associações de auxilio mútuo, a composição das diretorias dessas associações e a participação de seus membros em outras sociedades.

O objeto deste artigo é outro tipo de agremiação portuguesa - as recreativas, sem personalidade jurídica que, para poderem funcionar, necessitavam de autorização policial. Os objetivos são contrapor suas características àquelas das associações com personalidade jurídica e verificar quem delas participava e quais as motivações para isso.