Estudos

UM ESTUDO SOBRE A MIGRAÇÃO PORTUGUESA PARA A AMAZÔNIA JOANINA (PARÁ, 1808-1821)

Antonio Otaviano Vieira Júnior
Daniel Souza Barroso
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Entre números imprecisos e memórias recriadas, rumou ao Brasil um período marcado por transformações sociais, políticas e económicas, ao qual, hoje, chamamos de joanino (1808-1821 ). Anos de histórias de muitas separações: separações de um príncipe de seus súditos, separação de uma Corte de sua origem, separação de uma colónia de sua metrópole, separação de uma nobreza de parte de sua riqueza, separação de proprietários de seus pertencesses, de soldados de seus generais, de criados de seus senhores, separação de famílias... Separação de populações.

Entre tantas separações e imprecisões, os números também podem ser nossos aliados ao tentarmos enveredar pela "dinâmica da distância", considerando as pessoas que deixaram portos lusitanos e buscaram abrigo no Brasil. Números que ancoram possibilidades de investigação e marcam "movimentos". "Movimentos" que não eram novidade entre Portugal e o Brasil, mas que ganharam novos contornos.

Este ensaio busca analisar o período joanino, considerando o movimento de pessoas, no ir e vir entre Portugal e a Amazônia, mais especificamente para o Pará. Não falaremos de nobres atordoados pela distância da Corte e nem de uma Corte restrita ao Rio de Janeiro... Falaremos de um porto e de uma população ao norte da América lusitana, que por motivos diferenciados, entre 1808 e 1821, pode presenciar partidas e chegadas.