Com as medidas nacionalistas restritivas adotadas desde 1930 pelo governo revolucionário brasileiro ( entrada e permanência de estrangeiros e limitação do acesso dos estrangeiros ao trabalho, ao capital e à propriedade), o Brasil procurava não só resolver o problema do desemprego dos seus cidadãos (preteridos por trabalhadores estrangeiros em muitas áreas), mas também iniciar um processo que reforçasse a identidade nacional brasileira; isto é, dotar o aparelho económico/financeiro de uma prevalência nacional, tentando retirar do domínio estrangeiro áreas tão importantes para o crescimento do país como a banca e a indústria e, desse modo, diminuir a dependência de influências externas na definição dos rumos político-económicos da nação, construindo de forma inversa uma consciência e identidade nacional.

Mas se, por um lado, era necessário homogeneizar a complexa miscelânea civilizacional que compunha a sociedade do Brasil da época, também se tornava essencial nacionalizar toda a comunidade residente,' promovendo tanto quanto possível a integração/unidade étnica, procurando minimizar os fatores de divergência e exaltando os elementos que contribuíssem para a construção dum espírito nacional uníssono e síncrono. Pretendia-se criar uma identidade cultural e nacional única que, embora partilhando de raízes tão díspares como as nativistas, as africanas ou as européias, tinha encontrado uma realidade própria e singular pela conjunção única de elementos naturais, humanos, históricos, políticos e económicos, entre muitos outros.