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PORTUGUESES EM SANTOS (SP) - 1890-1930: CULTURA ARQUITETÔNICA E ESTRATÉGIAS ESPACIAIS

Jaelson Bitran Trindade
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A casa do imigrante português no Brasil é objeto de um estudo proposto juntamente com o arquiteto Victor José Baptista Campos, do corpo técnico do Condephaat ( Conselho de Defesa do Património Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo ), no sentido de investigar, além dos componentes históricos, o programa, o sistema construtivo e o repertório formal que definem esse tipo de arquitetura ou "cultura arquitetônica" desenvolvida no Brasil, comparando-a com a arquitetura popular portuguesa, sobretudo a do Centro Litoral e Madeira.

A corrente imigratória portuguesa para o Brasil na época modema é a única que se ombreia com a grande corrente de origem italiana, que teve o território paulista como foco principal. Flui com mais ímpeto a partir da dé cada de 1890 e converge principalmente para o meio urbano. É aí que os portugueses desenvolvem atividades diversas, geralmente na condição de trabalhadores braçais.

O espaço privilegiado da investigação é a cidade de Santos (SP), que se afirma nesse período como o grande centro portuário do estado e do Brasil e, na década de 1 920, o mais importante da América do Sul.

A "casa do imigrante" em Santos é - bem entendido - o espaço onde se aloja o indivíduo e a família imigrante no Brasil da "Era Moderna"; ou seja, a forma de habitar que caracteriza mais amplamente a situação de imigrante, e cujas soluções arquitetônicas cruzam experiências, necessidades e aspirações vivenciadas na origem com as do contexto do país de destino.