FRANCÊS (UM), UM BRASILEIRO, UM PORTUGUÊS: TENSÕES LUSO-BRASILEIRAS NA OBRA DE EMILE CARREY Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro
Rompendo com Portugal em 1822, o Império do Brasil não contou de imediato com as Províncias do Extremo Norte. Ancorada numa tradição de vida autónoma em relação ao Brasil, a Província do Grão-Pará manteve-se fiel à metrópole, ignorando os acontecimentos de Sete de Setembro. As elites
económicas do Grão-Pará, formadas em grande parte por comerciantes e proprietários de terras oriundos de Portugal, tentaram ignorar o Brasil independente, mas o emancipacionismo já se havia incorporado ao j argão de setores da sociedade paraense, em especial dos círculos políticos liberais
daquela província.
Este artigo retrata as vivencias de um francês, um brasileiro e de um português, nestes tempos turbulentos, segundo a obra de Emile Carey. |